quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

remotas lembranças

Tem coisas q o vento poderia levar....
Lembro-me remotamente de... semanas atrás
meses, anos 
Lembro-me como se fosse ontem,
não, ontem não, já disse que
são remotas.
prefiro-as, são mais instigantes,
avassaladoras
não evaporam da mente
são quase improváveis
ficam no âmago
assim volto a lembrá-las.

Marcelo Nava 

sábado, 18 de maio de 2013

faroeste urbano

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Quando dei por mim
já estava em meio
a tufões de vento
ondas de calor,
e nuvens de pó.
Cresciam e atingiam
o céu.
Nenhuma flor, nenhuma cor
coloria aquela
massa cinzenta e
superficial.
Um emaranhado
de farpas secas
insistia em rolar
de lá para cá.
( Marcelo Nava)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

lembra


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lembra  quando andávamos
pelas ruas provocando
os casais, eles
queriam ser iguais
a nós.

os nossos perfumes
continuam por lá.
lembrando que
um dia fomos felizes.

Desenhamos beijos
apaixonados nos muros
brancos feitos giz.

lembra quando
fizemos juras apaixonadas,
ficou documentado
que poderia ser infinito
lembra de mim...
lembra de mim.

( Marcelo Nava, livremente inspirada na canção Lembra de mim, de Ivan Lins).


domingo, 13 de janeiro de 2013

a farda mais bonita é a minha

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Abra a janela
e veja-me,
eu posso cruzar
o céu com
farda azul,
montado em
uma águia
indomável.
É mais belo
que o oceano
inteiro.
Eu tenho distintivos
no peito e nos ombros
conquistados
pelo mundo.
Tenho sede de
descer e pegar-te
em meus braços
para podermos
ver o mundo
do mais alto
possível.
Desbravar o
horizonte que
esconde-se
atrás do seu
olhar na janela.
Fardas são
muito mais
do que se pode
desejar.
( Marcelo Nava)

domingo, 6 de janeiro de 2013

pegue a estrada


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infinita, pareço não
chegar mais,
não vejo pessoas,
não vejo a luz
eu vejo fumaça.

eu vejo círculos
brotarem do chão
aquecido pelas
línguas dos dragões
é quente essa estrada

corrente de ar que
impulsiona-me
para o alto
eu posso ver
tudo do alto

estou por cima
das vertigens maldosas
agora eu vejo
o brilho da linha
sem fim.
( Marcelo Nava)

hoje o dia está...

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para namorar,
comer pipoca
andar de pantufa
e moletom
fazer redemoinhos no cabelo
ficar embaixo das cobertas
furar o bolo com o dedo
rolar na grama
com o cachorro
brincar no balanço
enfiar o dedo no
nariz ( eca!)
subir em árvore
escrever o nome
com feijões
comer algodão doce
brincar na areia,
estátua! também.
fazer cócegas,
atirar o pedra no rio
para ver as ondas
cantar no chuveiro
andar de costas,
e sem as mãos de bicicleta
nossa que façanha!
rir de mim,
rir de você
rir de nós dois
desenhar um coração
ficar emburrado
ficar com ciúmes
querer ter  você,
só você
hoje o dia está
para sonhar.
( Marcelo Nava)

sábado, 29 de dezembro de 2012

anita foi passear

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Eu jamais pensei
que alguém pudesse
enganar-me a
ponto de eu
pensar que eu sonhava
mesmo estando de pé.
Como pude?
Ingenuidade levou-me
a esses devaneios
sinto-me sem chão
sobre a terra árida
da Caatinga.
Mas parecia tão real
tão sublime,
voltei a dormir
e não mais acordar
somos chamados
pelas impulsividades.
sabe, eu ainda
não acredito nisso.
Voltarei a sonhar.
( Marcelo Nava)
Da série anita foi passear episódio final.