domingo, 11 de março de 2012

moldurei-te

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Não sou Portinari, nem Da Vinci e nem Picasso. Mas da forma como lhe imaginei, desenhei-te e te pintei na tela.
Da face ao corpo. Este, eu cuidei com mais delimitação.
A silhueta curvilínea, o largo quadril, as finas mãos,
as longas pernas e os pés de anjo, tudo foi traçado assim.
Se Niemeyer visse, ficaria invejado.
É a personificação do que pode existir.
Um contorno aqui, um traço ali, um retoque acolá.

É o momento do pincel entrar em cena.
Comecei a dar cor, realismo àquilo que julguei ser a fonte de minha inspiração.
O bronze da pele,
o verde-esmeralda de seus olhos, o castanho-escuro de seus cabelos encaracolados e o vermelho intenso de seus lábios.
Logo me veio a mente, o frescor de sua juventude
ó juventude que muitas vezes é esquecida.
E é sem dúvida, a maior riqueza da vida, o ouro e a prata não se igualam.
Tão feminina, de traços tão suaves. Tão provocante e tão segura de si. Essa foi a imagem que iria impactar os olhares sedentos, os traços da mulher que eu pintei.
Só mais um detalhe: deixe-me colocar a moldura. Uma obra de arte é para ser exposta e apreciada.
(Marcelo Nava)

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