Foi tão avassaladora,
usurpou-me.
De supetão
penetrou em
todos os cantos.
Silenciosa, majestosa,
gélida, sempre
intensa.
Escancarou portas
e janelas, vidraças
e muros, passou
por todos os
obstáculos, mas
como, como isso?
Ainda consigo
sentir, e porque
não apalpar.
Não, não é abstrato.
Foi-se, visitou-me,
levou, levou tudo mais
depressa do instante
em que chegou.
Atravessou os bloqueios ,
e por mais que eu lutasse,
lutei em vão, não adianta,
conseguiu arrastar-me
com ela.
( Marcelo Nava)
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